Horroroso, um espanto, me faz mal...
Eu gosto do trabalho do tio Zack Sneyder, filmes como a Madrugada dos Mortos, 300, Watchmen, Homem de Aço, Batman vs Superman e a versão estendida de Liga da Justiça mostram um cineasta autoral, sem medo de fazer o que o público pode, apenas dotado de seu ego e sua personalidade artística e isso eu respeito, não é fácil realizar um filme, na verdade, não é fácil entrar no mercado audiovisual, Zack Sneyder certamente ja se solidificou no mercado, até por dizer, que se não fosse sua base de fãs e seu currículo, essa bomba sequer seria lançada, se fosse um cineasta iniciante apresentando isso para qualquer estúdio, seria rejeitado de prima, pois se Zack tentou acertar Star Wars, e foi rejeitado pela Lucasfilm com essa ideia, ele acertou certamente os pastiches de Space Ópera, a lá Crônicas de Riddick, Starcrash e etc...
Na trama, temos uma premissa que cópia ou tenta, pois o mesmo idealizador não parece ter visto Os Sete Samurais do grande Akira Kurosawa com atenção, talvez vendo reals ou tik Tok enquanto o filme rolava... Enfim, temos um exército espacial, a lá "Space Nazis" liderados por Almirante Atticus (Ed Skren) invadindo uma comunidade de camponeses numa lua qualquer, que não parece ter nada além disso, no meio deles tem uma desertora do exército, Cora, vivida por Sophia Boutela, que após uma situação envolvendo uma camponesa aleatória e pouco desenvolvida, decide unir um grupo de personagens também aleatórios para lutar contra o exército espacial.
Eu quero dizer do fundo do coração o quanto acho esse roteiro ruim e genérico, mas isso é meio vago não é mesmo? Você, que tá lendo isso aqui, ja deve ter lido ou ouvido qualquer pessoa que crítica filmes dizendo isso, mas o que torna algo genérico e ruim? Bom, pra sua resposta, veja Rebel Moon, pois aqui, temos o roteiro mais expositivo e robótico que ja vi na minha vida, com o filme basicamente parando pra explicar a trama e o passado desse universo, em momentos completamente desnecessários, com frases que parece vindas de coaching de auto ajuda, isso torna todos os personagens completamente genéricos, sem nenhum desenvolvimento, numa quantidade absurda de personagens e lugares, em uma tentativa vã de tentar expandir esse universo, esquecendo completamente do ritmo do filme em questão, que é lento ao extremo, não ajuda nada a esse filme as trocentas câmeras lenta que ele tem, pois na quinta vez que esse artifício é utiizado, se transforma numa coisa muita da sem graça e brega.
A direção de arte é extremamente genérica e sem inovação, com referencias do mundo real e de outros filmes praticamente sendo jogadas na cara, sem nenhum tipo de originalidade ou criatividade, em uma paleta de cores que torna tudo no cenário muito igual, aias, a direção de arte e cenários é tão horrível, que a fotografia parece ser consciente disso, pois toda hora, repito, toda hora, a câmera usa um efeito de desfoque, que parece muita das vezes ter sido mascarado na edição, pois o recorte do foco fica extremamente estranho, deixando uma aparência de tela verde até em vários momentos, aliás, o cgi desse filme é um espanto de tão grotesco, parecendo coisa de cutscene de PS3.
Zack Sneyder precisa dar graças a deus que conseguiu que esse filme fosse distribuído pela Netflix, pois se fosse no cinemas, seria um Flop colossal, pois o mesmo é genérico, sem inspiração e sem nenhum brilho.
Nota: Dó (mentira, nota: 2).