A arte de retribuir
O escritor Robert McKee em seu livro "Story", nos diz que um protagonista é revelado nos
momentos de pressão, maior a pressão, mais facil é de se revelar sua verdadeira natureza e isso não é exclusivo da ficção, pois no mundo real, quantas das vezes só sabemos quem de fato é nosso verdadeiro aliado ou amigo nos momentos de maior dificuldade, quando somente quem de fato quer seu bem ou o faz por uma natureza bondosa pode fazer, já que nessas situações, o lado sendo ajudado esta completamente vulnerável, sem condições de oferecer algo em troca.
Sendo assim, O Pacto (2023), disponivel na Amazon Prime Video, mais um filme do quase rockstar britanico, Guy Richie, diretor responsavel por filmes como "Snach", "Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumangantes", "Alladin", "Rock'n Rolla" e dois filmes do "Sherlock" com Robert Downey Jr, imprime aqui um estilo diferente em sua filmografia. Sim, ainda temos a camera lenta, os angulos de camera criativos, uma edição dinamica e todas as marcas do diretor, porem, a narrativa e a tematica do filme foge (no uso positivo diria) de tudo que ele ja fez anteriormente.
Na trama, que se passa em meados a ocupação americana ao Afeganistão, conflito derivado de uma "vingança" pelos eventos do fatidico 11/09/2001, temos, ao menos no inicio, o clássico fime de guerra ao terror que foi produzido nos anos de ocupação, onde o diretor mostra um grupo de soldados em busca ao Talibã, não me levem a mal, mas ja tivemos tantos filmes nessa proposta, que o começo do filme me deixou completamente entediado, achando que veria, mais uma vez, um filme de guerra entre mocinhos e malvados, não que eu nao goste de filmes assim, afinal, sou um assíduo fã de filmes de guerra, mas a ignorancia é uma benção, esse primeiro ato, conseguiu me enganar direitinho, ja que o personagem John Kinley (Jake Gyllenhaal) ao menos nesse começo, faz o tipico soldado de saco cheio da guerra, mas que precisa enfrenta la mesmo assim, pela subsistencia de sua familia e Ahmed (Dar Salim) faz o tipico "orelha", um personagem que geralmente representa o esteriotipo do público, alguém novato que entra na historia para explicar coisas da trama, literlmente, pois ele é um interprete árabe. Porém, meus amigos e amigas, apos um acontecimento tipico de filme de guerra, onde os personagens chegam a uma base inimiga, o filme muda completamente de direção, nao entrarei em detalhes por motivos de spoiler, mas o filme se torna, se é que posso explicar assim, um filme de sobrevivencia, humanizando de verdade o filme, o tornando muito mais do que um filme de guerra, mas uma peça que vai tratar de sentimentos humanos como empatia, culpa e autruismo.
Nisso, a dupla principal formada por Gyllenhal e Salim dão um show de atuação, mas o coração do filme é o personagem arabe, que tem muito mais em risco do que somente sua propria vida, carregando os momentos mais dramaticos da produção, que de fato é muito bem produzida e filmada, com uma trilha sonora que pontua bem os momentos do filme, o diretor, vindo do mundo dos videoclipes, sabe a importancia do som para as suas experiecias cinematograficas que propoe, não sendo diferente aqui.
O Pacto (2023) é uma surpresa, entrega ao spectador algo que ele não esperava pelo começo frenetico, se isso é bom ou ruim, depende de cada um, mas eu gostei bastante do filme, vale apena conferir, as duas horas passam voando.
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