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Foto do escritorHelder Fernandes

Maestro (2023)

Bradley Cooper e a cura para insônia


Bradley Cooper tem uma das mais fantásticas carreiras que ja vi nos últimos anos, oriundo de pequenos papéis codjuvantes em comédias românticas ou filmes de besteirol, o ator consegue seu lugar a sol estrelando, talvez, uma das comédias mais inovadoras e divertidas dos últimos anos, com "Se Beber, não case!" o ator finalmente chega ao auge de seu estrelato, mas ao invés de continuar usando seu star Power, sua referência criativa adquirida na trilogia (um pouco desnecessária), para ganhar rios de dinheiro na comedia, ele resolve se desafiar no drama, com uma sequência fantástica que ganha trilha com filmaços como O Lado bom da vida, A Trapaça, Sniper Americano, até a sua estreia na direção, no quarta versão de "Nasce uma Estrela", o qual atua e dirigeo filme, dando ainda mais sucesso e prestígio ao realizador.


Com um hiato de 5 anos, Bladley retorna para a cadeira de diretor e estrelando o filme em questão, é difícil para mim dizer isso, ainda mais com todo reconhecimento que esse filme vem tendo com a crítica, mas o considerei uma experiência pretensiosa, maçante e pouco provocadora, uma versão light de uma das figuras mais emblemáticas do mundo da sinfonia dos últimos anos, o grande mestre Leonardo Bernstein, o foco aqui vai todo na relação entre Leonard e sua esposa, Felicia Montealegre, vivida pela sempre fantástica Carey Mullingan, que carrega, muita das vezes, o filme nas costas, não que Bradley esteja ruim, longe disso, mas como o filme faz uma versão tão insípida do personagem, com raríssimos momentos de transparência, isso afeta a sua atuação, porém, a personagem de Mullingan é uma sofredora solitária, no sentido que ela tem suas dores e aflições suprimidas durante todo o filme, fazendo a atriz ser mais criativa durante toda a rodagens, há momentos aqui que a personagem transparece seu sofrimento, mas são feitos com maestria pela atriz e seus momentos são os melhores do filme, que tirando seu roteiro e um pouco até da direção, está fantástico em aspectos técnicos, tudo é muito bem transportado para tela, os figurinos, os cenários, o modo que a camera filma a cena, a edição, que apesar de uma falta de ritmo gritante, é muito coesa no sentido que lhe cabe de transmitir um take para outro.


Mas todo esse apuro técnico não salva o filme de ser moroso e pouco provocativo, não explorando devidamente os traços de personalidade de seu protagonista, Cooper parece dirigir, do início ao fim, um Oscar bait, uma obra que é feita por design para concorrer em premiações, sem se importar com ritmo ou profundidade narrativa, creio que irá conseguir algumas indicações, mas, levando em consideração as figuras históricas envolvidas, poderia ter sido algo muito melhor.


Nota: 7,0/10.



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