O melhor da quadrilogia?
Ao analisarmos a franquia John Wick, vemos uma obra ímpar no gênero de ação, o primeiro filme, que mais parece um experimento comparado com os outros três, é uma obra que tem sob argumento a morte de um cachorro, isso nas mãos de uma equipe incompetente, seria mais um filme de ação b, mas o que a turma liderada por Chad Stahelski, um ex dublê que teve o diretor David Leich (apesar de não ter sido creditado na função) como seu parceiro de dança, criaram a obra que revolucionou o gênero de ação, com um apuro visual na fotografia, criando planos que mostram a ação com riqueza de detalhes, sem tremer, é quase como se todo o frame fosse uma pintura, o que contrasta com o até então status quo dos filmes desse gênero, que havia sido mutilado pela técnica de cortes incessantes, câmera tremida ao extremo e desorientação visual, algo que funcionou com maestria na trilogia Bourne (a qual falarei qualquer dia), mas que virou um pastiche que acabava com a imersão de diversos filmes de ação, pois ninguém conseguia reproduzir com maestria o que Paul Greengrass fez.
O segundo filme começa uma vibe mais "gamer" diria, John Wick (Keanu Reeves) começa a se transformar num herói de ação digno dos games de última geração de hoje em dia, mas se essa mídia tem uma dificuldade extrema de fazer shotters, games que o uso de armas é parte principal da gameplay mesclado com as mais diversas artes marciais, dada a falta de fluidez e a quantidade absurdas de animações que deveriam ser feitas para tal, bom, na vida real a única barreira que temos é a lei da física e até essa foi quebrada pela franquia a partir do terceiro filme, chegando ao seu ápice no quarto filme, que acerta em colocar o nome do bicho papão no subtítulo, pois Keanu realmente age como uma criatura lendária e implacável, quase imortal.
Nesse quarto filme, John Wick continua sua fulga da alta cúpula dos assassinos, que agora são liderados pelo Marquês (Bill Skarsgard, com um sotaque horrível), Wick deve reunir aliados para lutar contra a cúpula, enquanto foge pela sua própria vida, sendo caçado por diversos assassinos, em especial por um antigo amigo, Cane (Donnie Yen) e um rastreador (Shamier Anderson) com seu cachorro. O plot é simples, ponto A a ponto B, com algumas paradas em lugares como Osaka, Berlim e Paris no processo, a lá James Bond, adoro essa simplicidade da franquia, que simplesmente sabe o que tem de melhor e não fica tentando ser mais profundo do que realmente é, os diálogos são breves, a ação é o que realmente importa no final e que ação, estamos falando talvez do melhor filme que mescla artes marciais e armas, o "Gun Foo" como a equipe do filme gosta de brincar, equipe essa que parece sempre estar se divertindo com o que está fazendo, o que é um alento no meu coração, de alguém que sonha um dia escrever filmes no mais alto nível.
E alto nível é o que temos aqui no elenco, sim, temos atores dramáticos muito bons, como Ian Mcshane, Lance Reddick (que faleceu a pouco tempo, descanse em paz), Bill Skarsgard e os próprios Keanu Reeves e Donnie Yen já fizeram dramas, mas o supra sumo deles é o famoso "tiro, porrada e bomba" e aqui, Chad Stahelski monta um "dream team", com Keanu e Donnie liderando uma equipe com Scott Adkins, Hiroyuki Sanada, Marko Zaror e muitos, mas muitos, dublês conceituados de Hollywood, que não passam despercebidos em tela, já que Chad e a equipe de direção de arte e figurino consegue dar características únicas para diversos personagens, o estilo de luta aliado ao absurdo que o filme se presta, com pessoas ao redor que não parecem reagir a cenas de uma forma apropriada por exemplo (quase como um game de luta em 2D mesmo), promovem um verdadeiro balé da ação em John Wick 4.
A fotografia pra mim é um dos destaques do filme, usando tons neon aliados a cores fortes e sombras para criar um mundo quase futurista, fora da nossa realidade do cotidiano, assim como a música, que se filmes como o primeiro e o segundo colocaram a trilha sonora na minha mente, até me fazendo treinar ouvindo as, aqui se faz a mesma coisa, é um álbum digno de nota, Tyler Bates e Joel J. Richard acertaram de novo.
John Wick 4: Baba Yaga se destaca por sua inventividade em todos os sentidos, apesar de uma história simples e que demora pra engrenar, as cenas de ação são excelentes, merecem ser vistas na maior tela possível, por conta da composição de cenários e do uso dos mesmos.
Esse texto é de ChatGPT!!!! Vamos denunciar